A felicidade é o caminho

Por muito tempo fiquei imaginando o que Gandhi quis dizer com “a felicidade é o caminho”. A felicidade seria o caminho para alcançar meus objetivos? Ser feliz é tudo o que importa? O único caminho é a felicidade? Hoje entendo que, não importa a origem e o destino, não importa por onde estejamos caminhando, o percurso tem que ser feliz.

      Mas Larissa , o que isso tem a ver com alimentação saudável e dieta? Tem muito a ver. Isso significa, primeiramente, que se sua dieta não lhe traz felicidade, ela tem algo de errado. “Vou ser feliz quando emagrecer, vou ter mais disposição, encontrar um namorado, ter mais amigos.” Não, no fim da dieta não adianta.           

      Primeiro, porque você não tem garantia nenhuma de que pesar menos vá fazer alguma diferença na sua vida. A única coisa que dá pra garantir é que você vai vestir alguns números a menos, mas não sabemos o impacto que isso vai causar no seu dia-a-dia. O que imaginamos que vá acontecer é uma aposta, não temos certeza. Segundo que, mesmo que tudo de bom que você imagina aconteça, os sacrifício e a dificuldade de agora não necessariamente vão compensar. Você pode ficar decepcionada.

      Então o que fazer? Curtir o momento. Deixar de se preocupar com calorias e tabelas nutricionais e passar a apreciar a sua comida. Perceba a dádiva que é poder sentir o sabor e o aroma dos alimentos, faça comparações, perceba suas preferências e o impacto que cada ingrediente causa no seu organismo. Faça testes, varie, invente. Assim sua jornada será prazerosa e a probabilidade de você desistir será menor.

      Em vez de colocar sua alimentação como mais uma preocupação no seu dia, perceba como ela pode ser um momento de prazer, de escape. Além disso, repare: quanto mais nutritivo o alimento, mais saboroso ele será. Aprecie isso, agradeça essa bênção.

      Assim, mesmo que você não alcance seus objetivos (minha aposta é a de que alcança, sim, mas vamos trabalhar com a pior das hipóteses), pelo menos você se divertiu pra caramba nesse processo! E a sua felicidade não estava no fim da jornada, mas em cada momento.

Receita de Macarrão à Carbonara

Sem ideias pro jantar de hoje? Que tal um macarrão à carbonara? E o melhor é que quase não vai ter louça pra lavar.

Macarrão à Carbonara

100g de macarrão de arroz (mais ou menos uns 2 punhados)
1/4 xícara (chá) de bacon em cubos
1/2 xícara (chá) de caldo de legumes da Lary!
3/4 xícara (chá) de água
1 pitada de sal
1 ovo caipira
1/4 xícara (chá) de queijo parmesão ralado
pimenta-do-reino moída na hora a gosto

Modo de Preparo

1. Doure o bacon numa panela, na sua própria gordura.

2. Coloque o caldo de legumes e raspe bem o fundo da panela para soltar os queimadinhos – isso vai garantir sabor ao molho. Perceba como o caldo já dá uma cremosidade ao seu prato.

3. Em seguida, junte a água, o macarrão e tempere com sal e pimenta-do-reino a gosto.

4. Quando a água começar a ferver, pare de mexer e conte 5 minutos.

5. Após esse tempo, tampe a panela e deixe cozinhar por mais 5 minutos, sempre em fogo baixo.

6. Enquanto isso, misture bem o ovo com o parmesão numa tigelinha.

7. Desligue o fogo e junte imediatamente a mistura de ovo com queijo. Mexa delicadamente – o ovo vai cozinhar apenas com o calor da panela de inox. Transfira para um prato, finalize com o bacon reservado e mais pimenta-do-reino moída na hora.

Dica: Com uma tesoura, pique alguns ramos de salsinha por cima do macarrão. Assim você garante uma boa dose de vitaminas e fibras presentes na salsa.

Receita de Sopa de Talos de Espinafre

Uma receita deliciosa, econômica e saudável. 

Sopa de Talos de Espinafre

Tempo de preparo: 40 minutos

Rendimento: 1 porção

½ xícara de talos de espinafre picados
2 xícaras de caldo de carne da Lary! (ou 1 xícara de caldo e 1 de água)
2 colheres de sopa de azeite
3 colheres de sopa de cebola picada ou ralada
1 dente de alho espremido ou ralado
1 folha de alho-poró picado (opcional)
25 g (mais ou menos uma mão cheia)de macarrão de arroz ou outro de sua preferência

1. Bata no liquidificador o espinafre com o caldo.
2. Refogue, no azeite, o alho, o alho-poró e a cebola.
3. Misture o caldo batido com espinafre, tempere com sal e pimenta-do-reino e leve ao fogo por 20 minutos.
4. Junte o macarrão e deixe ferver por mais 10 minutos.
5. Sirva a Sopa de Talos de Espinafre com um fio de azeite e salsa desidratada.

“Alimentos orgânicos são caros.” Será?

Você quer consumir orgânicos mas está com medo da conta no fim do mês? Aqui eu listo 5 motivos que esse consumo vale a pena:

1.  Um corpo bem nutrido não necessita comer muito.

   Antes de eu resolver seguir uma alimentação saudável, eu costumava comer muito pão. Os complementos eram, principalmente, requeijão ou geléia. Eu comia isso no café-da-manhã,  as vezes uma torrada no lanche da manhã, depois mais um pão no fim da tarde e um antes de dormir. E eu ficava constantemente com fome. Eu comia, comia, comia e estava sempre com fome, era algo insaciável. Eu só parava de comer porque sabia que aquela quantidade toda de pão iria me fazer engordar.

   Depois que mudei minha alimentação e passei a nutrir o meu corpo, percebi que sinto muito menos fome,  e quando sinto e não posso comer, consigo ficar longos períodos em jejum sem muito sacrifício. Hoje eu faço 4 ou 5 refeições ao dia (suco verde como desjejum, café-da-manhã, almoço, jantar e se eu for dormir tarde, ceia). Variando mais a minha alimentação, percebi que acabo comendo em menos quantidade, o que significa que estou gastando menos dinheiro com alimentos.

2. Comida caseira custa muito pouco

   Uma das principais mudanças que eu tive quando passei a cuidar da minha alimentação foi o fato de eu cozinhar mais em casa. Produtos orgânicos industrializados são muito mais difíceis de encontrar (ao menos aqui em Juiz de Fora) do que produtos frescos, como verduras e legumes. Então a conseqüência é que, em vez de comprar uma sopa pronta de pozinho, eu faça minha própria sopa com os ingredientes que eu comprei na feira. E fica muito, muito mais barato. Muito mesmo.

3. Ingredientes orgânicos comprados na feira custam o mesmo que os não-orgânicos de supermercado

   É claro que frutas e legumes orgânicos de supermercado custam uma fortuna, isso ninguém pode negar. Aliás, aqui em JF, eu nem encontro alimentos frescos e orgânicos no supermercado (o que eu achava que era uma desvantagem, mas hoje acho que é uma baita vantagem). Mesmo os alimentos cultivados com pesticidas e agrotóxicos são mais baratos na feira que no supermercado, então quando você compra o orgânico na feira ocorre uma compensação. Em geral, eles são mais caros que o resto da feira, mas tem preço semelhante ou menor que no supermercado.

4. Você vai economizar de outras formas

   Se alimentando com ingredientes orgânicos, você ficará menos doente, então vai gastar menos com médicos e exames laboratoriais. Sua pele, seu cabelo e suas unhas vão ficar mais bonitos, então você não vai precisar gastar tanto em cosméticos.

5. Você vai ter mais energia e foco para gastar como quiser (inclusive para fazer mais dinheiro)

   A primeira e principal mudança que observei em mim quando mudei minha rotina de alimentação foi o meu nível de energia ao longo do dia. Eu continuo sendo uma pessoa introspectiva, caseira e quieta, mas não sou mais preguiçosa, acomodada e letárgica.  Além disso, consigo fazer coisas que eu não ousaria imaginar fazer (como por exemplo, correr ou fazer trilhas difíceis). Ou seja, preservei aspectos da minha personalidade, mas agora eu os uso de forma positiva.

   Nosso cérebro e nosso corpo têm um potencial enorme. Nós somos programados para pensar, produzir, fazer as coisas acontecerem, mas pra isso, precisamos de nutrição adequada. Sem esse combustível de qualidade, nós funcionamos de forma “capenga”, deixando muito a desejar.

   Não deixe de cuidar da sua saúde por medo de não caber no seu bolso, pense em você como seu principal investimento. Tenho certeza que você não irá se arrepender.

Minha história de vida

        Na minha infância e adolescência eu sempre tive curiosidade em ter uma alimentação considerada saudável, achava divertido contar calorias e me sentia na moda por falar sobre dietas, mas nem sempre as fazia. Eu achava que não valia o sacrifício de ficar sem comer o que eu gostava só pra caber em um vestido menor, sendo que o vestido que me cabia já estava ótimo.

        Aos 10 anos de idade tive uma crise de hipoglicemia, tive que tomar muitos remédios e viver 4 meses sem açúcar, que eu amava. Foi aí que tudo começou a mudar. Depois desse episódio vieram muitas cobranças, meu início de adolescência foi marcado por visitas a endocrinologistas e nutricionistas, que me passavam dietas que eu não seguia. Afinal, quem é que consegue viver a base de alface e tomate (que até hoje não como)? Mesmo não seguindo dietas à risca, eu sempre me preocupava em comer alimentos integrais, light, e tudo mais que o marketing ditava, acreditando que estava vivendo de forma saudável.

        Até os 20 anos tudo indicava que estava tudo certo comigo: peso estável, humor balanceado, ciclos menstruais controlados por anticoncepcionais. Mas a partir daí, com as mudanças que ocorreram com a transição para a vida adulta, meu peso começou a subir, meu humor começou a oscilar muito e meus níveis de energia despencaram, eu não tinha ânimo pra ir à faculdade, pra sair, pra me divertir, frequentemente ficava dias em casa, apenas assistindo filmes, vendo a vida e meus sonhos morrerem com o tempo.

        Eu não tinha habilidade pra cozinhar, mas gostava de me aventurar um pouco. E um dia, fiz um bolo de chocolate vegano e percebi o quanto eu me sentia diferente de quando eu comia um bolo de chocolate pré-pronto ou de padaria . Me senti cheia de disposição e o mais surpreendente foi que fiquei satisfeita com um único pedaço. A partir daí comecei a pesquisar e a testar novas receitas, até eu encontrar o coaching de saúde que estou fazendo atualmente.

        Um mundo novo se abriu pra mim! Passei a entender que comida não influencia só na nossa saciedade e na nossa saúde, que também interfere diretamente no nosso humor e na nossa mente, comecei a descobrir sabores e texturas novas, a sentir os efeitos de uma alimentação cada vez mais natural e orgânica, descobri o prazer de cozinhar. Entendi que uma boa saúde não é construída só com iogurte light e pão integral, mas com alimentos plantados e criados com respeito, que se transformam em preparações cheias de sabor e aroma.

        O meu sonho hoje é levar comida de verdade ao dia-a-dia das pessoas, para que elas possam ser mais saudáveis e felizes. Meu cliente não precisa ter todo o trabalho de preparar uma comida de verdade porque eu já tive esse trabalho por ele. Eu sei que nem todos têm a oportunidade de se dedicar ao estudo e ao preparo desses alimentos como eu tive, portanto eu quero me dispor a facilitar esse processo, fornecendo alimentos confiáveis e gostosos, fáceis de serem preparados ou já prontos.